quarta-feira, 16 de outubro de 2013

corrida do parque à noite (5 de outubro)

Um dos motivos porque entramos em eventos organizados prende-se com o facto de podermos fazer algo que de outra forma, provavelmente, não faríamos. Seja por ser algo de diferente ou feito de um modo que não é possível fazer sem ser num evento organizado (por exemplo, uma travessia da ponte a correr) seja para apoiar uma causa, muitas vezes inscrevemo-nos em eventos apenas e só por esse motivo, sem que isso vá representar necessariamente um desafio para nós.

A corrida do parque à noite tinha a vantagem de preencher dois requisitos: era algo de diferente, que achámos que iria ser divertido, que de outra forma não faríamos (já corremos diversas vezes no parque da cidade mas nunca assim de noite, muito menos no percurso definido), mas também, por ser de noite e não se ir correr apenas nos caminhos construídos para o efeito, representava um desafio, simulando um mini off road, obrigando a redobrada concentração.

Adicionalmente, desta vez iríamos ter a companhia de 3 amigos, que convencemos a participar connosco, que se viriam a transformar em 4, pois um deles convidou também uma amiga a acompanhar-nos.

A corrida tinha início previsto para as 21h mas decidimos, todos, ir cedo para estacionar o carro, aproveitar o final de tarde com sol e lanchar juntos atempadamente de modo a completarmos a digestão antes do início do esforço.


E assim foi que, pelas 17h, já estávamos no parque da cidade, junto ao local onde seria feito o parqueamento das viaturas dos participantes. Era tão cedo que o local ainda nem tinha os portões abertos. Após alguma espera lá abriram as portas e fomos os primeiros a estacionar (algum dia teríamos de ser os primeiros em algo).

Pelas 18h já estávamos todos juntos, excepto o tal elemento com que não contávamos, que chegou mais tarde, numa pastelaria de Matosinhos, ali bem perto da rotunda, onde ficamos a comer, conversar e aproveitar para relaxar antes de irmos tratar de nos equiparmos para a prova. 

Mais uma vez (e quem já nos segue há algum tempo lembra-se desta outra situação) a cerca de 1h do horário da partida, ainda estávamos na tal pastelaria, e alguém (Anita) me pergunta se levei as joelheiras. Pânico: não tinha levado (e mais uma vez se coloca a questão de como é possível, ao fim de tantos anos, ainda me esquecer)! E agora? Não dava tempo para ir e voltar. Não havia ninguém que as pudesse lá levar. Havia uma possibilidade de ir comprar outras, pois estávamos perto de um shopping com uma conhecida loja de desporto. Mas decidimos (ou melhor, decidi eu apesar da vontade contra de outras pessoas) que não iria gastar mais dinheiro em joelheiras, tendo já 4 pares em casa (o que torna a questão do repetido esquecimento ainda mais pertinente). Decidi que iria tentar correr sem as joelheiras, o tempo e o ritmo que fosse possível e se não aguentasse e tivesse de, pela primeira vez, desistir, assim faria.

Fomos então para onde tínhamos os carros para tratar de nos equipar, após o que nos dirigimos para perto do local onde teria inicio a corrida, onde fomos fazendo alguns exercícios de aquecimento, conversando e tirando umas fotos para a posteridade.


A partida deu-se na hora prevista e era grande a confusão. Como sempre, partimos praticamente do final do pelotão, na nossa habitual tranquilidade. Quando cruzámos o pórtico inicial o cronómetro oficial marcava já mais de um minuto. O primeiro km foi bastante lento, não apenas pelo elevado número de participantes mas sobretudo pelo caminho, que era demasiado estreito para tal onda de pessoas (condição que se verificou, aliás durante praticamente todo o percurso), além de ser bastante irregular, pois corríamos pelo relvado, alternadamente com os trilhos definidos pela configuração do próprio parque.
Este facto, o piso irregular, associado ao facto de eu estar sem as joelheiras, gerou em mim em certo cuidado extra e na Anita um medo e preocupação notórias. Via-se nitidamente que ia receosa que eu me pudesse magoar e perdi a conta à quantidade de vezes que me perguntou, durante toda a corrida, “estás bem?”. 

A verdade é que o meu cuidado extra, e o facto de irmos a controlar não apenas o ritmo mas sobretudo todas as pessoas e o terreno, levou a que me fosse sentindo bem, apesar de sentir efectivamente a falta de apoio nos joelhos. Tive dores, claro, mas nada que não desse para aguentar, e apenas por duas vezes tive pequenos desequilíbrios provocados por irregularidades no piso. No final tudo acabou por correr bem – o dia seguinte é que foi pior.

Com toda esta preocupação da nossa parte, a realidade é que o nosso grupo, unido nos primeiros km´s, se desmembrou e acabamos por nos encontrar a correr sozinhos, como habitualmente. Já perto da meta avistamos duas das pessoas que estavam connosco, eles também um casal, e ao qual nos juntamos para cruzar a meta. Um dos elementos já tinha terminado e aguardava-nos na linha de chegada, enquanto nos informava que o outro estaria para trás (ele também luta contra problemas nos joelhos) e, por isso, ficámos todos à espera que cruzasse também a meta, feliz finalista, para todos juntos fazermos a festa!


Depois de tirarmos a foto final da praxe e trocarmos de roupa, foi tempo de ir comer algo nas “barraquinhas” que lá estavam para o efeito, aproveitar a oferta de cerveja que a organização concedeu e divertirmo-nos na grande festa e excelente animação proporcionada até perto da 1h da madrugada!

Viemos de lá cansados, divertidos e felizes! E desta vez não fomos os únicos, pois o nosso grupo tinha-se alargado! De tal forma que já se falava na próxima corrida a fazer em conjunto: enquanto a nova colega nos tentava “vender” a participação num trail (o qual passamos desta vez), os restantes elementos falavam já na inscrição na Corrida pelos Ossos Saudáveis a decorrer apenas 2 semanas depois (20 de outubro). Prova disso, é que, no dia seguinte, já todos estávamos inscritos para mais este evento.

Mais difícil foi no dia seguinte, domingo, levantar cedo para tratar dos cães e irmos andar de bicicleta! Mas fizemo-lo, e ainda bem, pois esteve uma manhã fantástica!  


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