terça-feira, 13 de maio de 2014

extreme challenge (10 de maio)

Quando o Pedro me disse que ia haver uma corrida de obstáculos em que poderíamos participar, desde logo me mostrou a informação. Ao ver o cartaz de divulgação, onde dizia “a corrida com obstáculos mais dura do país”, eu desde logo lhe disse: “está fora de questão!”. Não tenho preparação física para isto, nem pensar em me meter numa dessas!

O Pedro já há algum tempo que queria participar num evento destes. Eu até estaria de acordo também, mas não neste, não na “corrida com obstáculos mais dura do país!”. Ele não desistiu… ora falava com os responsáveis pela organização, já seus conhecidos de um grupo de corridas em que tem participado às terças-feiras, ora falava comigo e me dizia que seria capaz de o fazer, voltava a falar com eles, voltava a falar comigo e assim sucessivamente… até me ter realmente convencido (e assim não ter que se aventurar sozinho neste desafio), com o argumento de que, em último caso, poderia contornar os obstáculos, não tendo de, obrigatoriamente, ultrapassá-los. O meu problema era apenas não saber com o que me iria deparar – é que às cegas já normalmente eu vou para as provas, mas para esta não estava totalmente às cegas, intitulava-se a “corrida com obstáculos mais dura do país!”.


Foi assim que, ainda com relativa antecedência, nos inscrevemos, conseguindo ainda mais um membro em representação da P&A Team, uma vez que a inscrição de equipas, mais económica, teria um limite mínimo de 3 elementos.

Contagem decrescente até ao evento, eis que nos chega um e-mail com informação relevante para esta corrida: entre outras questões logísticas e de secretariado, deparo-me com “são 12 km de trail selvagem e muito duro (…) há caminhos largos, outros estreitos outros sem caminho (…) os obstáculos incluem água e alguma profundidade, escalada a alturas consideráveis, escorregas, pontes e árvores (…)”. OMG!!!! Vai ser uma vergonha, vou contornar todos os obstáculos!!!!


E lá chegou o dia... Terminada mais uma intensa semana de trabalho, sábado era dia de levantar ainda antes da 7h00 para a “corrida com obstáculos mais dura do país!”. Apesar da partida da nossa equipa ser apenas às 10h30, o secretariado para levantamento dos dorsais fechava às 9h00 e ainda tínhamos o caminho até à Póvoa de Lanhoso pela frente.

Pouco passava das 8h30 quando chegámos ao local do evento. Estacionámos facilmente o carro e desde logo nos dirigimos ao secretariado que ainda apresentava uma considerável fila de participantes. Apesar do nevoeiro cerrado que ainda se fazia sentir, o sol parecia querer aparecer e adivinhava-se um quente dia. Dorsais e buff de oferta nas mãos, lá nos dirigimos novamente ao carro para as únicas fotos que fizemos (já que não seria de arriscar levar o telemóvel) e equipar a rigor. Pelas 10h00 fomo-nos dirigindo para o local de partida onde havia um verdadeiro ambiente de festa entre organização e participantes. Já com o nosso 3º elemento de equipa por perto, hora de nos dirigirmos para junto da linha de partida para ouvir as últimas recomendações e cuidados a ter nesta corrida, “a corrida com obstáculos mais dura do país!”. Dado o ambiente alegre e a beleza natural do parque – DiverLanhoso – a ansiedade do percurso foi-se dissipando. 


10h30 e soou o som de partida. Começámos calmamente, num percurso ainda dentro do parque, onde, poucos metros à frente nos deparávamos com o primeiro obstáculo: um grande buraco cheio de água e lama, que teríamos de atravessar. “Oh… ainda nem aquecemos, não me apetecia nada sujar-me já toda de lama”. Mas lá teve de ser…  e até foi divertido! Continuámos o percurso, onde pouco depois, se foi formando uma fila à passagem dos primeiros trilhos estreitos com mais uns obstáculos naturais: degraus acentuados e troncos no meio do caminho que teríamos que avançar. 

A primeira metade do percurso foi feita com alguma dificuldade física, principalmente nas subidas íngremes que encontrámos. Ainda assim, mais uma vez, após atingirmos o topo da montanha ficávamos deslumbrados com tamanha beleza natural em redor. Houve lama, houve rochas, houve água e pequenos riachos que tivemos de atravessar, descidas técnicas, subidas inclinadas, single tracks, houve pisos acidentados e irregulares mas o pior (ou melhor) ainda estaria para vir. Pouco depois do meio do percurso, eis que encontrámos o tão precioso abastecimento, junto a um agradável riacho que por ali passava. Laranjas doces, como tem vindo a ser habitual, (viciantes) amendoins, batatas fritas, banana, água, tudo para voltar a repor os valores de energia que ainda seriam necessários para cumprir a restante prova.

fotografia de Amado Marques

Após a merecida pausa, lá nos colocámos novamente a caminho. Qual não é a nossa surpresa quando reparámos que a marcação do percurso nos indicava que teríamos de entrar nesse “agradável riacho”, cujo nível de água, desde logo, nos chegava à cintura. Bem, o fundo era terra, pelo que a primeira parte se fez relativamente bem. Mais à frente, um “muro” que fazia cascata, que teríamos que avançar, sempre dentro de água, continuando depois a bela caminhada dentro do riacho. Uns metros a seguir, passagem por baixo de uma pequena ponte de pedra e sempre a caminhar dentro da água que nos dava ora pelas coxas, ora pela cintura. E o riacho não tinha fim… pelo contrário, a dificuldade ainda aumentara quando a terra do fundo passou a ser um amontoado de grandes pedras debaixo dos pés e nos obrigou a redobrado cuidado, de tal forma escorregadio se tornara, com a agravante de começar a haver correntes de água que teimavam em nos querer empurrar numa direção diferente daquela que queríamos tomar. Escalada por uma pequena catarata e, finalmente, visualizámos a saída para voltar novamente aos trilhos (em terra), mas não sem antes passar por uma parte ainda mais funda que nos atingiu o peito. Foi difícil recomeçar a corrida, dado o frio nas pernas e nos pés que tanto tempo na água nos causou. Mas, devagarinho, lá voltámos a aquecer, apesar de, no caminho seguinte, irmos ainda durante mais algum tempo dentro de uma levada de água que pelo trilho passava. Os km seguintes, até regressarmos novamente ao parque foram intensos e marcantes: passámos por buracos cravados nas grandiosas rochas da montanha, escalámos montes de terra e rochedos gigantes, possível apenas com a ajuda das cordas estrategicamente colocadas para o fazermos, descemos montanhas e voltámos a subi-las. A última subida foi algo dolorosa, pois já se visualizava o cimo do monte, mas demorávamos a atingi-lo! Mas lá chegámos, onde entramos novamente no parque “aventura”, no qual, no último km, ainda nos esperavam os últimos obstáculos.

Logo o primeiro, começou com mais uma difícil escalada de uma rocha, cuja parede, praticamente vertical, mesmo com as cordas, era difícil subir, atravessámos uma série de túneis em forma de labirinto situados debaixo da terra, saltámos uma parede de madeira para aterrar em mais uma “piscina de lama”, atravessámos redes e “teias de aranha”, rastejámos na terra por baixo de uma rede de arame, assim como através de um pequeno túnel com mais água e mais lama, subimos e descemos obstáculos de madeira e, apesar de não ter sido a prova final foi a nossa de eleição, descemos através de um escorrega para dentro de um lago, onde teríamos de nadar até um barco de borracha e saltar deste para cada um dos 3 barcos à sua frente, como se de nenúfar em nenúfar se tratasse (mas de forma mais violenta, dado que tínhamos que literalmente nos atirar para o barco seguinte, se não quiséssemos cair na água). No último barco, voltar a mergulhar e nadar até à margem, para continuar o percurso. Foi giro… e refrescante!

fotografia de Ricardo Vieira

Balanço final: terminámos mais uma prova (as medalhas de finisher comprovam-no), muito molhados e muito sujos de terra e lama, mas de ânimo limpo, muito cansados, mas muito divertidos e felizes e sem mazelas de maior.

De seguida, ainda nos aguardava o último desafio: tomar banho de água (muito) fria – nada que a organização não tivesse já alertado que pudesse vir a acontecer, tamanha a afluência de participantes que houve. Depois disso, aí sim, a prova estava concluída!

fotografia de Ricardo Vieira

Hora de ir almoçar: um delicioso bacalhau à brás com salada, na esplanada do restaurante do parque, a custo controlado por acordo com a organização, a contemplar a bela vista daquele local.

Genericamente, consideramos que tudo esteve muito bem organizado, sem falta de informação, boa sinalização do percurso (estando atentos, ninguém se perderia, tal como nós não nos perdemos), ambiente alegre e divertido. E, no final, não foi uma prova nada fácil, mas também não foi assim tão dura. Pelo menos, conseguimos! eheheheh

fotografia de Runners

uma aventura em - rota da luz (4 de maio)

Depois da excelente experiência que vivemos no ano transacto quando participamos no evento Uma aventura em de S. João de Ver, onde, apesar das dificuldades sentidas e do último lugar na classificação, sentimos uma grande satisfação e alegria pelo tipo de evento que era e decidimos participar em datas seguintes, a verdade é que, umas vezes por trabalho, outras pela existência de compromissos prévios, não nos foi possível entrar em mais nenhum dos eventos de 2013. Mantivemo-nos, no entanto, sempre atentos ao site respectivo e, assim que foi anunciada a primeira data de 2014, decidimos fazer a nossa inscrição.

Como a orientação em btt obriga, mais do que a alguma experiência na leitura de mapas, à utilização do material adequado, nomeadamente o suporte de mapa para bicicleta, que nós não possuímos, decidimos não participar no escalão aventura, que implica a realização de ambos os percursos, btt e pedestre, e escolhemos participar apenas no escalão promoção ori-pedestre, fazendo apenas, portanto, a parte do trail running de orientação.


O dia estava quente e, após tratar da parte burocrática, pagando e obtendo os cartões de marcação, aproveitando para obter algumas informações sobre o terreno por forma a podermos escolher o calçado mais adequado, voltamos ao carro para nos equiparmos e, sempre importante, colocar protector solar factor 50 e garantir que não esquecíamos os chapéus. Nunca se deve facilitar.

Voltando ao local de partida para o breefing da organização, ouvimos todas as instruções atentamente e logo de seguida procurámos uma sombra para assistir ao início da prova do escalão aventura, enquanto aguardávamos pela hora da nossa própria largada, feita em grupo, dirigindo-se cada equipa ao local onde estão colocados os mapas, um por equipa, para que apenas aí tenham conhecimento do percurso e possam decidir a estratégia para o realizar.

fotografia da organização

Quando foi a nossa vez, pegamos num mapa e, sem outro plano que não fosse tentar seguir uma lógica de continuação de percurso, onde não fosse necessário andar muito para a frente e para trás, tentando sempre seguir em circuito, decidimos ir em primeiro lugar ao check point (CP) 1, daí seguindo para o CP 10 e, depois, fazendo todos até chegar ao CP 2, já perto do CP final.

Assim foi e, logo ao fim de alguns minutos, o CP 1 estava marcado nos cartões e seguíamos já para o CP 10 que, no meio de um aglomerado de árvores no cimo de uma pequena colina, nos demorou um pouco mais. Sempre seguindo e tentando gerir o 1,5 L de água que tínhamos na mochila tendo em conta o calor que cada vez mais se fazia sentir, lá fomos lendo o mapa e correndo ao nosso ritmo e chegando, mais ou menos fácil e rápido, aos CP a que nos dirigíamos.


Até que era altura do CP 7, que valia dois pontos, o que implicava que seria mais difícil de o encontrar. Nesta altura, íamos perto de uma outra equipa que tínhamos encontrado junto ao CP 8 e que, apesar de após esse ponto terem seguido um caminho diferente, a determinada altura estávamos no mesmo trilho. Na busca por este difícil CP 7, voltamos a separar-nos deles e até os deixámos de ver. Enquanto andávamos por entre árvores, folhas secas e ramos cortados, sem trilho definido, certos que o CP não estaria longe mas sem o avistarmos, voltamos a ver essa equipa já em direcção a uma descida. Como não nos deram qualquer indicação (e nestas coisas a entreajuda, independentemente da competição, é abundante), assumimos que não o tinham encontrado e decidiram avançar (o que viemos a confirmar no final quando nos questionaram se o tínhamos encontrado e onde estava). Nós não desistimos e, uns minutos depois, lá o encontramos, escondido mas perto de um trilho que estava do lado oposto, uns 30 m mais leste de onde andávamos.

Como perdemos algum tempo até fazer esta marcação e ao ler o mapa verificamos que o trilho nos levaria para trás relativamente ao ponto para o qual queríamos seguir, decidimos arriscar e fazer uma diagonal para a nossa esquerda, em direcção a noroeste, descendo a colina em direcção a uma linha de água indicada no mapa, que não víamos nem ouvíamos mas que não seria longe. Esta opção revelou-se pouco acertada, pois andámos, literalmente, no meio do mato. Não conseguimos fazer a descida pretendida de forma seguida, tendo de ir ziguezagueando, ora descendo ora subindo um pouco para poder passar, mas lá chegámos, com muitos arranhões nas pernas e braços, à desejada linha de água. Mas o erro não terminava aqui, pois no local onde atingimos o riacho não era possível atravessar. Apesar de o curso de água ser estreito e pouco profundo, a margem do outro lado era demasiado ingreme para subirmos. 


Fomos então caminhando pela margem onde estávamos até que esta também se tornou intransitável. À pergunta “e agora?” a reposta inevitável foi “vamos pela água”. E foi assim que caminhamos cerca de 50 m dentro de água, a maior parte do percurso com água um pouco acima dos joelhos, mas em dois locais tendo mesmo de molhar a cintura. Até que, à nossa direita, apareceu o local onde já dava para subir e, logo a 5 m, o trilho que nos levaria para norte, local onde estaria o CP 6. Conclusão deste atalho: 1 km em cerca de 32 minutos! Realmente, “quem se mete por atalhos mete-se em trabalhos”.

Este tempo perdido, e a dificuldade do terreno, desmoralizaram um pouco, mas como não vamos para competir, a não ser com os nossos próprios limites e dificuldades, lá arranjamos uma nova motivação, até porque agora estávamos num trilho bom para correr e tínhamos uma grande recta, ainda que com algumas subidas e descidas para fazer. 


Fomos sempre seguindo a ordem descendente dos CP, passando por locais fantásticos, tão perto da civilização, nomeadamente duas auto estradas, e no entanto tão selvagem como no início dos tempos. Avistamos participantes do btt e até um grupo de motociclistas a fazer também os seus trilhos de domingo, passámos por subidas ingremes, descidas técnicas de pedra, riachos e até um pequeno lago, para não falar de densos arvoredos e até uma fonte de água abundante, onde nos refrescámos mas não enchemos o nosso reservatório pois não sabíamos da qualidade da mesma, apesar de desconfiarmos que deveria ser boa, assim ali tão fresca e limpa – no final, segundo palavras de um elemento da organização soubemos ser “da melhor água da região”. Para a próxima já sabemos.

Após marcarmos o CP 3, quando já só faltava o 2 e o final, surge uma dificuldade extra: teríamos de correr uns 2 km sem qualquer tipo de sombra, sob o sol intenso e abrasador das 12h30 e já sem água nenhuma. 


Logicamente, abrandámos, ainda mais, o ritmo, para poder poupar energias, pois estávamos tão perto do final e de cumprir todos os CP que não queríamos deixar que nada estragasse a possibilidade de podermos terminar esta nossa segunda participação nos eventos Uma aventura em com a sensação de dever cumprido.

Assim, após uma subida difícil em empedrado, virámos a direita como nos indicava a leitura do mapa e eis que vemos uma pequena descida para o campo de jogos onde estava a meta e o desejado CP final.

fotografia da organização

Com a motivação extra de quem está a terminar e superar mais um desafio, sorrisos nas caras, apressámos o passo para a marcação que faltava e entregarmos os cartões ao elemento da organização responsável pelo registo de tempos e CP´s marcados. Enquanto repunhamos os níveis de hidratação e respondíamos as perguntas sobre se tínhamos gostado e que dificuldades tínhamos sentido, fazemos nós a pergunta “e já chegou toda a gente?”. E aqui, uma surpresa: “não, vocês são a terceira equipa!”. A sério? Seria possível que, com a nossa habitual abordagem de fazermos o percurso ao nosso ritmo, sem preocupações competitivas, iriamos fazer o nosso primeiro pódio? Com esta ideia, fomos ao carro buscar as coisas para usufruir dos banhos quentes disponibilizados pela organização e, após estes, comermos uma fruta e assistir à chegada dos restantes participantes quer da ori pedestre, quer do ori btt, além, é claro, do escalão aventura. 

Depois de todos chegarem e de ser dado tempo para quem quisesse tomar banho, aguardava-se a saída das classificações finais e respectivas entregas de prémios. E é aqui que surge a grande surpresa, não apenas do dia mas de sempre, desde que começámos a participar em eventos organizados: no escalão de promoção ori pedestre a lista de classificação apresentava em primeiro lugar a…. P&A Team! Olhámos um para o outro incrédulos. “Não pode ser!” foi, efectivamente, a primeira reacção. Tivemos de ir rever a folha afixada para confirmar. E lá estava: apesar de haver duas equipas mas rápidas, nós tínhamos mais pontos, fruto de termos marcado todos os CP´s, o que não aconteceu com os restantes. E como a classificação é dada pelos pontos, e apenas em caso de empate a decisão é feita pelo tempo, estava explicado o nosso primeiro lugar.


Tivemos direito a ida ao pódio, prémio e fotografia! Não entramos nos eventos para isto, mas é verdade que sentimos uma alegria diferente, sobretudo pela surpresa que foi. No final, nos sorteios realizados, ainda tivemos mais uma felicidade: recebemos uma mochila de hidratação, oferta das lojas Santigo Bikes.

O próximo evento Uma aventura em será em Oliveira de Azeméis, em Julho. Nós prevemos lá estar. E quem gostar de btt ou de trail e de orientação deverá estar também! Até porque, além do desafio, as organizações são boas, o ambiente fantástico e os trilhos lindos!

fotografia da organização

corrida da liberdade (25 de abril)

Com o fim de semana prolongado e com tanta oferta de eventos para aqueles três dias, acabámos por escolher aquele que seria mais próximo do local onde iríamos estar, sobretudo por duas razões: por um lado, não perderíamos tanto tempo em deslocações – e os custos também seriam menores – e por outro poderíamos entrar num evento organizado num local onde nunca o tínhamos feito. Foi assim que surgiu a nossa presença na I Corrida da Liberdade de Vila Nova de Gaia.

Na manhã encoberta do feriado de 25 de Abril, cedo chegámos ao local onde deixaríamos o carro, perto da partida / meta da corrida e fomos ver o ambiente que já se sentia com as corridas dos escalões jovens e depois, com uns companheiros destes eventos, entramos no café para uma conversa e fazer tempo até mais perto da hora prevista para inicio.


Depois de irmos ao carro para terminarmos de nos equipar, o que implicou a decisão de levar ou não impermeáveis e camisolas térmicas, devido à instabilidade do tempo,  bem como de a Anita participar ou não nesta corrida, dado ter passado por uma pequena cirurgia no ombro no dia anterior que lhe deixou 4 pontos, ao voltar para o ponto de partida ficámos durante um pouco a ver a animação da mega aula de zumba que a organização preparou para todos os participantes na caminhada solidária que se iria realizar em simultâneo com a corrida. Também nós nos deixámos contagiar por todo aquele ambiente de festa e iniciámos a corrida com uma motivação extra, esquecendo o frio que sentíamos estando parados à espera da largada.

Poucos participantes, mas todos com bastante vontade e alegria, começaram a correr o percurso delineado pela organização, com um início bastante fácil, em linha recta, para logo descer parcialmente a principal avenida da cidade, entrando depois em ruas secundárias que tinham já um pouco de inclinação, para voltar a passar perto do liceu onde tínhamos começado, dirigindo-nos novamente para a avenida, desta vez para fazer a subida, um pouco maior e mais inclinada, em direcção à remodelada rotunda de santo ovídeo.


Depois desta dificuldade, que já partiu e alongou o pelotão, mais uma parte fácil, que permitia algum descanso, fazendo uma parte da estrada nacional descendo em direcção a laborim onde, ao passar por baixo da auto estrada, voltávamos à direita para mais uma subida e onde iriamos percorrer mais umas ruas secundárias, por zonas habitacionais repletas de pessoas sempre animadas e a incentivar todos os participantes, característica aliás habitual às provas da região norte.

Esta parte do percurso ia subindo e descendo, em pequenos lanços, mas eis que se chega à que seria a maior dificuldade do dia: a longa e íngreme subida da rua da igreja onde, após passar por esta última e quando se pensava que estava tudo terminado, ainda se voltava à direita, numa curva apertada e com ainda mais inclinação, para subir ainda mais um pouco até chegar novamente à rotunda de santo ovídeo.

fotografia de Olga Neves Photography

Contornada esta, restava descer a avenida da república até poder voltar novamente para junto do liceu Almeida Garrett, de onde tínhamos partido e onde estava localizada também a meta. No entanto, não se pense que seriam tudo facilidades: a chegada implicava ainda contornar todo o liceu, o que significava que, mesmo por trás, ainda havia mais uma última subida, que apesar de ser curta e tendo em conta os km e dificuldades acumuladas, era um pouco penosa.

Ultrapassado este último obstáculo, faltavam os 100 m finais, em plano com a meta à vista e com pessoas dos dois lados da estrada a aplaudir e incentivar. E ainda deu para cumprimentar o nosso amigo Vítor Dias, do Correr por Prazer, que se encontrava a escassos metros da linha de chegada. No final, tudo correu bem, incluindo a cicatriz da Anita que se manteve impecável!

fotografia de Olga Neves Photography

Para final de manhã, ficamos a comer as excelentes maçãs que a organização ofereceu e a conversar com amigos sobre este e outros eventos enquanto assistíamos à entrega de prémios. Eis senão quando, um pouco para surpresa de todos e sobretudo do próprio, o nosso amigo Filipe Vilhena é chamado para o pódio para receber o prémio referente ao segundo lugar do escalão veteranos M35. Parabéns Filipe!

Depois, e até porque começava a estar mais frio e a fome apertava, foi hora de seguir para casa, tomar um bom banho e almoçar, satisfeitos por continuarmos a optar por levar um estilo de vida activo e tendencialmente saudável.