segunda-feira, 12 de maio de 2014

trail alde´a isabelinha (19 de abril)

Já conhecíamos o nome Isabelinha pelo evento de btt que já se realiza há alguns anos e do qual só tínhamos ouvido falar bem, mas onde nunca tivemos oportunidade de participar. Este ano, junto com a realização da 8º edição, uma novidade: a realização do 1º trail. Estava decidido: ainda não era desta que experimentávamos o btt na região, mas não perderíamos a ocasião de conhecer o terreno e as pessoas participando na corrida.

A chegada foi fácil e o estacionamento também, distanciado da partida/chegada mas junto ao secretariado e balneários. Depois de tratar, rapidamente e sem falhas, da parte burocrática, tempo para uma pequena observação da massa humana de participantes, maioritariamente do btt, que ia chegando, rever caras conhecidas destas andanças e então preparar tudo para iniciarmos a nossa pequena caminhada até à praceta onde teria início esta primeira experiência de trail running em Viatodos, Barcelos.


Fazia um pouco de frio mas isso não desmotivava, além de acreditarmos que se fossemos subir o monte que víamos do outro lado rapidamente aqueceríamos, o que se veio a confirmar. Após as habituais fotos enquanto esperávamos pelo início, fomos deixando passar os «atletas» que queriam começar da frente mas se dirigiam atrasados para a partida, ainda que alguns deles não merecessem esta nossa cortesia, fruto da falta de educação e respeito que evidenciavam ao passar pelas pessoas que responsável e atempadamente tinham já chegado.

Um pequeno percurso por estrada, atravessando a nacional e entrando em ruas secundárias, levou-nos imediatamente na direcção do tal monte que já tínhamos avistado e à primeira longa, longa subida. O ainda largo grupo de pessoas que participou neste evento começou logo, como seria de esperar, a partir-se, indo os mais rápidos e/ou resistentes galgando o acidentado terreno monte acima, enquanto outros abrandavam bastante e outros ainda simplesmente começaram a caminhar.


Logo aqui, apesar das dificuldades, tivemos uma certeza: a envolvente era fantástica! Paisagem linda, mesmo quando os trilhos se estendiam pelo meio de densa vegetação ou arvoredo. É que mesmo nestes locais era possível observar excelentes pormenores, fossem eles formações rochosas que quase pareciam construções humanas até efectivas construções feitas pelo homem mas perfeitamente enquadradas no meio, passando por fontes naturais e pequenos lagos e riachos. E com um odor inconfundível e saudável a natureza viva e vibrante.

Sempre juntos, superando as maiores ou menores dificuldades que nos iam aparecendo pelo caminho, apreciando toda a envolvente e até fazendo pequenas paragens para fotografias, os km iam passando sem que dessemos por eles. Até que chegámos ao abastecimento, onde decidimos demorar-nos um pouco, fruto não apenas duma conversa com alguns participantes que nos reconheceram de outros eventos, mas sobretudo devido à excelente oferta de sólidos que nos apresentaram. Aqui a maior dificuldade foi resistir e não comer demais, pois estávamos a pouco mais de metade do percurso previsto e adivinhavam-se ainda mais algumas surpresas pelo caminho.

fotografia de Escapes & Landscapes

Como sempre neste tipo de evento, surge aquela motivação semi-enganadora por parte do pessoal ao serviço da organização: “isto agora só sobe mais um pouco e depois é sempre a descer”. Pois, pois, já sabemos e não nos deixamos enganar. Depois do abastecimento houve, de facto, uma grande descida, mas logo depois uma nova e difícil subida. Mas continuávamos motivados e satisfeitos por ali estarmos, e o importante era continuarmos juntos e a divertirmo-nos.

Depois de mais uma descida e de um pequeno trajecto em estrada, de onde avistávamos, um pouco mais abaixo e para a esquerda, participantes já na direcção do que reconhecemos ser a estrada nacional, o que significava que estávamos perto da meta, eis que vemos as fitas de marcação e recebemos uma indicação para virar à direita, subir umas escadas e depois fazer uma pequena estrada de paralelo, em S e bastante inclinada que terminava numa….. rocha enorme! Olhando para cima, lá estavam outros participantes a trepar e, lá no alto, ao fundo, mais elementos da organização. Não havia volta, toca a escalar aquilo.


A meio da escalada, uma paragem obrigatória, não para descansar, mas para fotografar a beleza daquele local. Assim vale a pena enfrentar tamanha dificuldade. Chegados ao topo mais uma vez ouvimos o já clássico “agora só sobe mais um pouco para dar a volta e desce em direcção ao fim”. Ok, ok, já sabemos. Lá fomos nós a pensar que ainda teríamos mais umas 3 ou 4 subidas, mas afinal não seria assim, a “volta”, como lhe chamaram, apresentava de facto uma subida longa e inclinada, onde no topo passávamos mesmo ao lado do trilho do btt, onde ainda pudemos ver alguns participantes, e depois iniciávamos efectivamente uma divertida descida em sigle track com pequenos obstáculos, fossem eles troncos que tínhamos de saltar ou ramos que nos obrigavam a baixar para não bater com a cabeça. 

Após esta diversão, mas sempre concentrados para que nada corresse mal, um pouco de estrada para nos depararmos com mais uma surpresa: apesar de não haver mais subidas, não iríamos directos para a meta, mas atravessávamos uns campos para contornar uma estrada e depois por mais um pequeno trilho de terra batida que nos levaria ao empedrado que tínhamos passado ao início, para cruzarmos a estrada nacional e, finalmente, cortar a meta após mais um desafio superado.

fotografia de Escapes & Landscapes

No final, um miminho: a organização entregava a cada participante uma senha para ir buscar uma bifana de recuperação. Nós ainda tivemos a felicidade de um casal que chegou à nossa frente nos oferecer as deles, pois teriam de ir embora. Como estávamos a sentir algum frio, adiamos os alongamentos e fomos a correr até ao carro para nos dirigirmos aos retemperadores banhos, em balneários com condições e, especialmente, água quente. De banho tomado e com roupa seca e quente, aí sim voltámos à praceta para as merecidas fêveras grelhadas, em pão, acompanhadas de minis e, no final, fruta e mais uma excelente bola de Berlim, igual à que tínhamos ingerido no abastecimento. Aproveitámos ainda para experimentar o apoio fisioterapeuta, para uns merecidos e apetecíveis alongamentos, que serviram ainda como relaxamento.

Concluindo, mais um excelente dia de desporto, num local novo, com direito a comida e tudo, e votos de felicitações à organização pelo excelente trabalho. Recomendamos que experimentem os trilhos desta região. Nós voltaremos, seja de bicicleta, seja a correr.


Sem comentários:

Enviar um comentário