sábado, 30 de novembro de 2013

diferença entre dores e lesão


A diferença entre dores e lesão


Comecemos desde já com uma premissa: o que se entende por dores e o que se entende por lesão. Com dores referimo-nos a algo de passageiro. Um incómodo, provavelmente algo mais, que se manifesta mas depois, em pouco tempo, passa e nos deixa correr serenos e tranquilos. Uma lesão, por outro lado, é algo mais sério, isto é, uma dor que não passa. As dores da lesão são muitas vezes sensações muito fortes que não passam à medida que as pernas aquecem com a corrida. Permanecem e, ainda, intensificam-se se prosseguimos com a actividade. A diferença substancial é então esta: uma dor permite-me continuar, uma lesão não. Claro e simples.

De certeza?

Na verdade não é simples nem claro. Nem sempre é fácil distinguir entre uma dor passageira e outra que levará a uma lesão. Cabe a cada um de nós escutar o próprio corpo e determinar a fronteira entre uma dor e uma lesão e cabe a cada um de nós perceber quais as acções a evitar, identificando as causas que poderão conduzir a lesões.

Sobrecarga

Uma das principais causas de lesões é a sobrecarga. É necessário bastante disciplina para evitar este tipo de lesão. Quem segue um programa de treinos, é frequentemente fortemente determinado em seguir todas as sessões ao detalhe. Mesmo que isso implique correr suportando dores. Porque se sabe que quem corre com espírito competitivo está também habituado a conviver com uma certa dose de sofrimento, como se ambas as coisas andassem sempre juntas. Mas é importante perceber quando o sofrimento que sentimos deriva da intensidade do treino ou de que algo no nosso corpo não está bem.


Alguns conselhos

Cross training

Nos casos em que o treino tenha deixado marcas, como pernas particularmente doridas ou algo semelhante, torna-se necessário abrandar o ritmo até que esse sintoma desapareça e posteriormente passar a um trabalho mais duro apenas quando tudo esteja bem. Uma magnífica opção quando nos deparamos com uma situação deste tipo é o cross training. Piscina, bicicleta ou outro, a escolha é sua. Encontre um método para um cross training que lhe permita manter uma alta intensidade cardíaca sem influenciar a região lesionada.

Stretching

Por outro lado, um excelente hábito consiste em seguir sempre uma boa rotina de alongamentos. Permite aos seus músculos distenderem-se e manterem as lesões afastadas. Se tiver possibilidade de imergir as pernas em água fria depois da corrida, por exemplo no riacho ao pé de casa, faça-o.
Quando os músculos estão particularmente ressentidos, é sinal que não estão habituados ao esforço a que os sujeitou. Se as pernas ainda não estão bem ao fim de dois ou três dias, não receie estar parado mais um ou dois dias.

A lesão é um tempo para a disciplina

O período em que está lesionado é o tempo em que deve manter elevada a sua disciplina. Se necessita estar parado um longo período de tempo, o auto controlo é muito importante. É melhor estar alguns dias ou mesmo uma semana afastado da corrida que ir correr ainda lesionado e arriscar piorar e ficar parado ainda mais tempo.

E, como sempre, a prevenção

A sugestão mais comum é também a mais eficaz: prevenção. Não espere ter uma lesão para tomar medidas, jogue na antecipação. Por exemplo, reserve um ou dois dias da semana para se dedicar ao cross training em vez da corrida, mesmo não sentido nenhuma fadiga ou mau estar em particular. O cross training permite-lhe descansar os músculos especificamente envolvidos na corrida mas mesmo assim fazer o seu treino.
Um outro conselho é, sempre que possível, variar as superfícies onde corre. Em vez de correr sempre em asfalto, procure também pisos diversos, como terra ou relva. São pequenos passos a reter mas, se pode adoptá-los, porque não fazê-lo?



Fonte: runlovers.it
Tradução deste artigo
 

terça-feira, 26 de novembro de 2013

corrida popular Santa Maria da Feira - o relato da Sílvia



O texto seguinte é o pensamento da Sílvia Alves em relação à corrida do passado domingo.


“Não avisaram que era a subir…

Domingo, 9:02 da manhã lá estávamos no lugar, não do costume, mas do ponto de encontro para mais uma corrida. Santa Maria da Feira e os 10km eram o nosso destino.
Chegámos cedo, o termómetro do carro marcava 8ºgraus. Houve tempo para um café e para completar o pequeno-almoço já iniciado em casa. Começou a corrida, eu e o Eurico seguimos juntos, o Pedro um pouco mais à frente. 
O percurso era regular: subia e descia; subia e descia. Esta regularidade nas inclinações – que não eram de todo íngremes – fez-se razoavelmente bem, até que chegámos ao último quilómetro da prova e…uma subida sem fim. Não sei precisar, mas foram cerca de 800 metros a subir como se não houvesse amanhã. Até então não tinha visto ninguém a caminhar, mas aqui vi alguns bravos corredores a cederem. No cimo da subida, parei, bebi água, respirei fundo, ganhei energia para os últimos metros…a segunda prova de 10km está no papo. Sprintei quando avistei a meta – um próximo projecto será filmar a mesma pessoa a “morrer” durante a prova e sprintar nos últimos metros (tenho pensadas várias músicas que poderão servir de banda sonora como the final bell do Rocky, two steps from hell – Heart of Courage…). 
Enquanto isso procuro explicações sobre porque o faço: até agora avistei as metas quando o cronómetro marcava os n minutos e (mais ou menos) 50 segundos. O pensamento foi sempre “que bom, vou conseguir correr dentro deste minuto”. 
O Pedro já estava à nossa espera, baixou o seu tempo record nos 5 e nos 10 km. Eu também baixei o meu tempo nos 10 km – 56:15 – depois de 59:54 na Beach Run Matosinhos. O Eurico fez o meu tempo…mas essa conversa fica para uma outra altura: o dia em que eu o deixar voar à minha frente.
Até à próxima corrida!”