A
rota do bacalhau é muito mais que um raid btt. Acima de tudo é, em
primeiríssimo lugar, um evento solidário. Uma organização do Rotary Clube de
Ilhavo em que a totalidade do valor das inscrições é entregue à Obra da
Criança. Neste ano, com um objectivo ainda mais particular: iniciar a
construção da nova casa desta instituição.
Aqui
não temos opções para escolher: existe apenas um percurso, uma distância (55
km), inclui seguro, lavagem de bicicletas, banhos quentes (e com água
efectivamente quente para todos), almoço, brindes e jersey oficial do evento.
Tudo isto por 20€. E, conforme referi, o valor total de cada inscrição reverte
para a Obra da Criança.
A
chegada ao local quer do secretariado quer da partida é fácil e bem assinalada.
O estacionamento é imenso e ninguém tem dificuldade em deixar o carro junto ou
mesmo no local onde se realizam os banhos e o almoço.
O
percurso é de dificuldade média, pois é praticamente plano, apesar de um alguns
locais o piso ser um pouco difícil (areia), e tem apenas 3 subidas mais duras.
Mas quem não as faz a pedalar, faz com a bicicleta à mão.
Na
chegada ao local, já depois de ir ao secretariado e estacionar o carro,
enquanto aproveitava o tempo para repousar um pouco (cheguei duas horas antes
da partida), comecei a preocupar-me com duas coisas: o intenso calor que já de
fazia sentir antes das 8h, o que indicava que iria ser uma manhã extremamente
quente, e o vento forte que indiciava uma dificuldade extra para os 55 km´s a
percorrer. Destas duas, apenas o calor foi de facto uma contrariedade, que fui
resolvendo hidratando sempre muito. O vento, que abrandou um pouco mas não
desapareceu, apenas se fez sentir em poucos pontos, já que na maioria do
percurso estivemos protegidos.
Como
sempre, parti do final do grupo, sem confusão e fui mantendo sempre o meu ritmo
ao longo de todo o percurso. A primeira parte ficou marcada por inúmeras
paragens pois, além de ainda circularem grupos grandes de atletas, havia muitos
pontos em que era necessário passar um de cada vez. Conclusão: ao final de 40
minutos tinha feito 8 km e ao completar uma hora estava nos 12. A partir daqui,
com os grupos cada vez mais partidos e com cada vez menos pontos de “funil” foi
sendo mais rolante.
Mais
uma vez a organização brindou-nos com um percurso lindo, quase na totalidade
por caminhos rurais, com apenas pequenas passagens em estrada, mas sem deixar
de marcar presença em alguns dos pontos emblemáticos, como por exemplo a vista
alegre ou algumas lagoas.
Uma
nota muito importante: em todos os locais onde se cruzavam estradas, sem
excepção, havia sinalização de alerta para os atletas, estavam voluntários (e
em alguns dos mais perigosos era a polícia) que solicitavam ao trânsito que
parasse e ainda tinham umas placas na própria estrada, para alertar os condutores,
que diziam “perigo: ciclistas”. Grande preocupação com a segurança!
Pedalando
e avançando na quilometragem, sempre apreciando e paisagem e parando nos 3
abastecimentos disponibilizados (os 3 com líquidos e 2 com sólidos), para me
alimentar e reabastecer de água, lá continuei ao meu ritmo em direcção à meta.
Na
chegada, 3h25m depois de partir, foi tempo de tomar banho e usufruir do
excelente bacalhau com presunto, batatas e salada, sopa, pão, bebida, sobremesa
e café, conviver com uns amigos que entretanto encontrei e, depois de descansar
um pouco aproveitando o sol e bom tempo, regressar a casa numa viagem
tranquila.
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