terça-feira, 16 de abril de 2013

uma aventura em s. joão de ver (7 de abril)


Passava pouco das 7h30 quando nos pusemos a caminho de S. João de Ver, onde iriamos participar numa etapa do evento “uma aventura em”.

A manhã estava fria, nebulosa e, a determinada altura, começou a chover. Perante tudo isto, acrescido ao cansaço de uma noite mal dormida e ao sono de ser tão cedo, brincávamos: “mas quem é que se mete nestas coisas?”, “podiamos estar tão bem em casa” ou “agora percebemos as pessoas que dizem que quem faz isto é maluquinho”.

Estas brincadeiras fizeram a viagem passar rapidamente, ainda que também não era longe, e chegámos ao ponto de partida/chegada desse evento um pouco depois das 8h.



 (no final do percurso btt)


Já fizemos corrida, btt, orientação, mas nada nos podia fazer prever como seria esta aventura, que combinava orientação pedestre com tempo limite, seguida de ori btt também cronometrado e com tempo máximo. A verdade é que fomos com o objectivo de ver como era e não nos assustava o que se poderia passar. Se conseguíssemos, muito bem, senão pelo menos tínhamos tentado.

Fomos bem recebidos, por uma organização esforçada e cheia de boa vontade, com pessoas de valor e voluntariosas. O ambiente era de amizade entre quase todos os participantes, pois parecia-nos que todos se conheciam.

Preparamos tudo – as bicicletas e restante material para o btt tinham de já ficar preparadas no parque de partida/chegada, que funcionaria também como parque de transição – e depois foi aguardar pela hora marcada para o início (que atrasou 15 minutos em relação ao previsto) enquanto ouvíamos as recomendações do speaker oficial.

A parte pedestre desta orientação não nos correu pelo melhor. Apesar de nos sentirmos bem, em termos físicos, de nos termos divertido e de termos andado por sítios muito bonitos, a verdade é que cometemos um pequeno erro, tendo andado alguns km´s num sentido oposto ao que devíamos, o que levou a que apenas marcássemos 4 pontos antes de começarmos a voltar ao ponto inicial, por forma a tentarmos não penalizar no tempo, o que conseguimos.


 (um dos ponto de passagem)


No ori btt as coisas foram semelhantes, ainda que por outros motivos. Fisicamente estivemos melhor – confirma-se que lidamos melhor com a bicicleta do que com a corrida – encontrámos mais pontos (8) mas sentimos mais dificuldades na orientação propriamente dita. Não nos perdemos nem cometemos quaisquer erros, mas o que se passa é que sentimos mais dificuldade em coordenar a leitura do mapa com o andamento da bicicleta. Se por um lado é verdade que não temos o material adequado ao ori btt, particularmente o suporte de guiador para o mapa, o que nos dificulta um pouco, a análise que fazemos leva-nos a concluir que a nossa principal dificuldade se prende com o facto de, ao andar de bicicleta, tudo se passar mais rápido que no pedestre, o que leva a que se atinjam pontos do mapa com maior rapidez, levando a que várias vezes tenha sido necessário parar para confirmar o local onde estávamos e, também em diversos momentos, termos sido obrigados a voltar um pouco atrás pois já tínhamos passado o local de viragem. Nesta parte do percurso acabámos com uma pequena penalização por excesso de tempo.

No final, arrumar tudo na carrinha, banhos e depois regresso a casa com o sentimento de que somos capazes de fazer uma aventura destas, mas que temos de melhorar em alguns aspectos, nomeadamente tomada de decisões mais rápidas na leitura dos mapas (por termos tempo limite não nos podemos dar ao luxo de perder muito tempo neste ponto), adaptarmo-nos mais eficazmente à diferença de andamento quando corremos e quando andamos de bicicleta e sobretudo ponderar o investimento no material específico para as actividades.


(a entreajuda entre participantes)


Finalmente, queremos só destacar dois momentos que vivemos neste evento.

O primeiro, a disponibilidade de várias pessoas em ajudar os novatos. Davam dicas, perguntavam se era preciso ajuda e foram sempre muito atenciosas, inclusivamente dando-nos contactos e informações sobre onde podemos arranjar material e sobre outras provas onde poderemos participar.

O segundo, termos tido a oportunidade de conhecer a Susana Simões e o Telmo Veloso, dos “desafios a dois”. Foi ao ler uma crónica deles sobre a participação numa etapa deste conjunto de eventos que tivemos conhecimento dos mesmos e despertou a nossa curiosidade para participar. Depois, quando tentámos fazer a inscrição para esta etapa de S. João de Ver, trocámos um email com eles que nos ajudou. Já no ponto de partida, eles próprios tomaram a iniciativa de se dirigir a nós quando chegaram já perto da hora da partida, pois reconheceram o nosso nome nas camisolas que envergávamos. São uns excelentes atletas e pudemos comprovar que são também umas excelentes pessoas, muito simpáticos e disponíveis. Nos minutos que foi possível conversar antes da prova e depois novamente no final, deram-nos algumas informações importantes, dicas e ainda nos contaram um pequeno pormenor do seu início nos triatlos. A eles o nosso muito obrigado!


 (no final estávamos assim)


Concluindo, demos o que conseguimos e viemos satisfeitos, ainda que sabendo ser possível fazermos melhor. Fomos para testar e chegámos à conclusão que somos capazes, mas temos de nos preparar melhor. Mas agora já sabemos como é. Vamos esperar pela próxima etapa!

E respondendo à nossa própria brincadeira que referimos no início: não é maluquinho quem faz isto. Pode ser cedo, pode estar mau tempo, pode não ser fácil. Mas ver o esforço e dedicação da organização amadora para que tudo corra bem, conhecer novas pessoas com interesses semelhantes e com um espírito de entreajuda fantástico e, no final, depois de apanhar vento, chuva, frio, andar com os pés e as bicicletas enterrados em lama, cansados, sentir uma satisfação e ter um sentimento de dever cumprido é algo que não se paga nem se troca por nada!    


(o último lugar foi nosso)

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