Esta
é uma corrida já tradicional e muito conhecida no Porto, e no país, não fosse
já na 56ª edição. Não obstante a sua história, bem superior à nossa, não a
conhecíamos… Contudo, uns amigos cedo nos questionaram se iríamos participar e
nos passaram a informação de que seria uma volta a não perder. A não perder não
só pelo percurso, mas também porque seria mais uma forma de sermos solidários
com a Cruz Vermelha, através da Missão Sorriso: o Continente entregaria 1 cabaz,
por cada participante que terminasse a prova, à Cruz Vermelha, entidade
responsável por distribuir os bens alimentares pelas famílias mais carenciadas
em diversas regiões do país.
Sem
pensar muito, passamos às inscrições e divulgação por outros amigos. O já
habitual casal que se juntou recentemente à P&A Team (Sílvia e Eurico),
também alinhou desde logo.
O
dia não começou demasiado cedo. A partida estava marcada para as 10h45, o que
nos parece um excelente horário para começar uma corrida de 10km,
principalmente no Inverno. O dia estava realmente agradável e o sol disfarçava
um pouco o frio que se fazia sentir.
Saímos
de casa pelas 9h30 pois, como é habitual, gostamos de chegar com relativa
antecedência para procurarmos calmamente lugar de estacionamento e, de
preferência, relativamente perto do local da prova. Ainda tivemos tempo de ir a
um café da zona e voltarmos ao carro para deixar tudo o que não levaríamos para
a corrida, isto enquanto já havia pessoal a aquecer... Entretanto, chegaram os
nossos amigos e fomos ao encontro deles já perto do local de partida. Havia já
muita gente e o ambiente estava animado, entre a música que nos fazia,
inconscientemente, dançar e a bem-disposta Leopoldina que divertia toda a
gente.
Às
10h45 soou o disparo para a partida. Apesar de acharmos que estávamos no final
da multidão, como normalmente acontece, a verdade é que ainda se juntou muita
gente atrás de nós, tendo até ficado tudo um pouco apertado. No entanto, o
aperto rapidamente se dissipou, até porque, começando com uma subidinha, a
dispersão foi notória. Começamos os 4 juntos, mas pouco tempo depois cada casal
ia ao seu ritmo (e eles ao ritmo delas J). A meio do percurso ainda nos
cruzamos mas, depois, só nos encontramos novamente no final.
partida/meta |
Apesar
das subidas, a volta foi realmente agradável. Passamos por locais como Costa
Cabral, praça Marquês de Pombal, rua da Constituição, antigo cinema Vale
Formoso, jardim de Arca d’Água, S. Tomé, traseiras do FCDEF e pólo universitário.
A meta foi junto ao antigo estádio Vidal Pinheiro, estação de metro Salgueiros,
no mesmo local da partida. Ao longo de todo o percurso havia uma grande
quantidade de pessoas desconhecidas que por aquelas ruas passavam e paravam a
apoiar os atletas. É um grande incentivo para quem está a participar e chega
até a sensibilizar essa forma pura e espontânea que essas pessoas têm e a força
que conseguem passar para quem as ouve. Com mais ou menos intensidade, elas
gritam por nós e incentivam-nos a não parar, mesmo naqueles momentos em que
podemos, por alguma razão, estar a perder, mais que a força nas pernas, a força
mental.
No
final, graças ao Pedro ir a acompanhar o meu ritmo ao longo de todo o percurso,
mais uma vez terminamos a prova de mãos dadas, o que nos dá um grande conforto
e satisfação. Desta vez a satisfação foi superior pois cada um de nós conseguiu
“doar” um cabaz de alimentos à Cruz Vermelha, tal como a Sílvia e o Eurico.
Para além disso, ainda tivemos direito a uma medalha de finisher, como já vem sendo hábito acontecer em várias provas de
corrida.
o pai natal também quis participar nesta histórica corrida |
Por
fim, apenas uma palavra para a organização: antes de mais, felicitar pelo
sucesso crescente deste evento que contabiliza já 56 edições. Contou com a
inscrição de 3.000 pessoas na corrida e ainda houve a caminhada de 3km, que
terá juntado mais pessoas ainda. Contudo, deverá repensar a logística associada
a uma ação com um número de participantes desta dimensão. A água no final da
corrida foi entregue apenas juntamente com a medalha de finisher (com a devolução do chip
de cronometragem) e, para isso, tivemos que esperar na longa e única fila para
o efeito. Foi demasiado tempo parados em pleno dezembro, sem roupa adicional à
usada na corrida para nos aquecer.
Apesar
disso, os 4 elementos da P&A Team presentes estavam felizes e já a pensar
na próxima prova a fazer.
É sempre bom correr e ajudar quem precisa!
ResponderEliminarForça! Belos sorrisos no final!
Bons treinos!