quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

56ª volta a paranhos



Esta é uma corrida já tradicional e muito conhecida no Porto, e no país, não fosse já na 56ª edição. Não obstante a sua história, bem superior à nossa, não a conhecíamos… Contudo, uns amigos cedo nos questionaram se iríamos participar e nos passaram a informação de que seria uma volta a não perder. A não perder não só pelo percurso, mas também porque seria mais uma forma de sermos solidários com a Cruz Vermelha, através da Missão Sorriso: o Continente entregaria 1 cabaz, por cada participante que terminasse a prova, à Cruz Vermelha, entidade responsável por distribuir os bens alimentares pelas famílias mais carenciadas em diversas regiões do país.
 
no dia anterior, quando fomos levantar os dorsais
Sem pensar muito, passamos às inscrições e divulgação por outros amigos. O já habitual casal que se juntou recentemente à P&A Team (Sílvia e Eurico), também alinhou desde logo.

O dia não começou demasiado cedo. A partida estava marcada para as 10h45, o que nos parece um excelente horário para começar uma corrida de 10km, principalmente no Inverno. O dia estava realmente agradável e o sol disfarçava um pouco o frio que se fazia sentir.
 
o pódio para a entrega de prémios no final
Saímos de casa pelas 9h30 pois, como é habitual, gostamos de chegar com relativa antecedência para procurarmos calmamente lugar de estacionamento e, de preferência, relativamente perto do local da prova. Ainda tivemos tempo de ir a um café da zona e voltarmos ao carro para deixar tudo o que não levaríamos para a corrida, isto enquanto já havia pessoal a aquecer... Entretanto, chegaram os nossos amigos e fomos ao encontro deles já perto do local de partida. Havia já muita gente e o ambiente estava animado, entre a música que nos fazia, inconscientemente, dançar e a bem-disposta Leopoldina que divertia toda a gente.

Às 10h45 soou o disparo para a partida. Apesar de acharmos que estávamos no final da multidão, como normalmente acontece, a verdade é que ainda se juntou muita gente atrás de nós, tendo até ficado tudo um pouco apertado. No entanto, o aperto rapidamente se dissipou, até porque, começando com uma subidinha, a dispersão foi notória. Começamos os 4 juntos, mas pouco tempo depois cada casal ia ao seu ritmo (e eles ao ritmo delas J). A meio do percurso ainda nos cruzamos mas, depois, só nos encontramos novamente no final.
partida/meta
Apesar das subidas, a volta foi realmente agradável. Passamos por locais como Costa Cabral, praça Marquês de Pombal, rua da Constituição, antigo cinema Vale Formoso, jardim de Arca d’Água, S. Tomé, traseiras do FCDEF e pólo universitário. A meta foi junto ao antigo estádio Vidal Pinheiro, estação de metro Salgueiros, no mesmo local da partida. Ao longo de todo o percurso havia uma grande quantidade de pessoas desconhecidas que por aquelas ruas passavam e paravam a apoiar os atletas. É um grande incentivo para quem está a participar e chega até a sensibilizar essa forma pura e espontânea que essas pessoas têm e a força que conseguem passar para quem as ouve. Com mais ou menos intensidade, elas gritam por nós e incentivam-nos a não parar, mesmo naqueles momentos em que podemos, por alguma razão, estar a perder, mais que a força nas pernas, a força mental. 

No final, graças ao Pedro ir a acompanhar o meu ritmo ao longo de todo o percurso, mais uma vez terminamos a prova de mãos dadas, o que nos dá um grande conforto e satisfação. Desta vez a satisfação foi superior pois cada um de nós conseguiu “doar” um cabaz de alimentos à Cruz Vermelha, tal como a Sílvia e o Eurico. Para além disso, ainda tivemos direito a uma medalha de finisher, como já vem sendo hábito acontecer em várias provas de corrida. 
o pai natal também quis participar nesta histórica corrida
Por fim, apenas uma palavra para a organização: antes de mais, felicitar pelo sucesso crescente deste evento que contabiliza já 56 edições. Contou com a inscrição de 3.000 pessoas na corrida e ainda houve a caminhada de 3km, que terá juntado mais pessoas ainda. Contudo, deverá repensar a logística associada a uma ação com um número de participantes desta dimensão. A água no final da corrida foi entregue apenas juntamente com a medalha de finisher (com a devolução do chip de cronometragem) e, para isso, tivemos que esperar na longa e única fila para o efeito. Foi demasiado tempo parados em pleno dezembro, sem roupa adicional à usada na corrida para nos aquecer.

Apesar disso, os 4 elementos da P&A Team presentes estavam felizes e já a pensar na próxima prova a fazer.


1 comentário:

  1. É sempre bom correr e ajudar quem precisa!
    Força! Belos sorrisos no final!

    Bons treinos!

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