quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

36ª S. Silvestre cidade de Coimbra



As corridas de S. Silvestre são quase míticas. Algumas mais que outras, é certo, mas ainda assim todas com uma aura especial, seja pela altura do ano em que são realizadas, seja pela hora do dia (da noite, melhor dizendo) em que se iniciam. Por esse motivo, toda a gente que se inicia nas corridas sonha em um dia correr uma. 

Enquanto o Pedro já tinha participado por duas vezes na S. Silvestre do Porto, a Anita ainda não tinha tido oportunidade de correr uma, fosse qual fosse. A verdade é que as duas em que mais provavelmente participaríamos seriam Porto ou Lisboa, mas a realidade é que as datas em que costumam ocorrer não se têm coordenado com as nossas disponibilidades: a do Porto é sempre num fim de semana em que a Anita tem compromissos de trabalho e a de Lisboa realiza-se sempre numa data em que estamos ambos no Porto.

Desta vez, havia uma janela de oportunidade: a 36ª S. Silvestre cidade de Coimbra, marcada para uma data em que ambos estaríamos no Porto e não tínhamos quaisquer outros compromissos. Tomada a decisão, fizemos a respectiva inscrição e pagamento. E, chegada a data, lá partimos para a primeira S. Silvestre que correríamos juntos.

Chegámos cedo a Coimbra, pois apesar de a prova apenas ter início pelas 18h30 (ainda que a partir das 17h30 houvesse várias corridas para os mais jovens), era necessário levantar os dorsais, o que teria de ser feito até às 16h. Por outro lado, como habitualmente, queríamos chegar e poder estacionar calmamente e estar relaxados até à hora de tomar o nosso lugar na partida.


Levantados os dorsais e estacionado o carro, era tempo de irmos lanchar na esplanada bem na praça da República, onde seria a partida/chegada da corrida e, depois, dar um pequeno passeio pelas redondezas, nomeadamente pelo jardim da sereia, até à hora de vermos os mais jovens de todos fazer a sua prova.

Depois foi voltar ao carro para a troca de roupa para o equipamento de corrida e dirigirmo-nos então novamente para o local de início para uns exercícios de aquecimento. Desta vez, o aquecimento, contrariamente ao nosso habitual, incluiu mesmo uma corrida, embora a ritmo lento, tal era o frio que se fazia sentir. 


A partida deu-se à hora marcada e sem grandes confusões, apesar do grande número de participantes. Começávamos no sentido ascendente da avenida, mesmo à frente do teatro Gil Vicente, contornando toda a praça para logo depois iniciarmos a descida de toda a avenida até à rua da Sofia. Ou seja, primeiro km a descer e a convidar a ritmos rápidos, mas era necessário poupar energias.

Depois de sair da rua da Sofia, percorria-se a avenida Fernão Magalhães, passando pela estação de comboios, largo da portagem e correndo sempre junto ao rio em direcção à rua do Brasil. E a partir daqui começariam as dificuldades.


Uma primeira pequena subida, curta mas inclinada, para acesso a uma outra subida, um pouco mais comprida mas menos inclinada, seguida de uma outra ainda, mais curta mas ainda mais inclinada, até entrarmos mesmo na rua do Brasil. Três subidas seguidas (ou uma com diferentes inclinações?) que já fizeram as suas mossas em todos quantos pudemos observar.

Depois voltávamos à direita e podíamos respirar durante umas centenas de metros, em que descíamos até ao abastecimento de água, perto dos 5 km. A seguir, mais uma pequena subida, pouco inclinada e curta, que passava mesmo junto da igreja de S. José e bastante perto do estádio municipal. Chegando aos semáforos, curva à esquerda para uma pequena recta plana, antes da maior dificuldade da noite: a longa e inclinada subida da rua dos combatentes até ao jardim botânico. 


Depois de passar o jardim, estávamos já perto da chegada, já a víamos, mas ainda era necessário ir dar uma volta pela rua de Tomar para contornar todo o perímetro do jardim da sereia, por forma a entrar de novo na praça da república. Aqui chegados, uma semelhança com a S. Silvestre do Porto: já estávamos ao lado da meta, mas teríamos de passar por ela, descer a avenida Sá da Bandeira até à pequena rotunda, onde invertíamos caminho para o lado ascendente, em direcção à meta, à frente do teatro, o mesmo local de onde partíramos. 

A nossa chegada decorreu sem qualquer problema, com 50 minutos em 9 km, sendo praticamente metade a subir, recebemos as nossas medalhas de finisher e umas garrafas de água, tiramos a foto da praxe e dirigimo-nos ao carro (a correr para não arrefecer) para nos pormos a caminho do pavilhão multidesportos, onde foram disponibilizados os banhos quentes a todos os participantes.

  
Depois do banho, encontro com uns amigos para um belo jantar e um bom convívio antes de regressarmos a casa, já tarde, cansados, mas satisfeitos! 

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