Estamos
em crer que este é uma das corridas míticas do país. Pelo menos desde que
iniciámos a nossa participação neste tipo de eventos que ouvimos falar nela e
vemos pessoas com t-shirts alusivas à prova. Daí que era nossa intenção desde
há algum tempo participar, mas nunca tinha havido disponibilidade para tal. Ora
este ano essa situação alterou-se e devemos ter sido dos primeiros a efectuar e
validar a inscrição.
Apesar
de não ser muito longe da nossa casa de Lisboa, decidimos programar um dia
diferente e saímos cedo para Oeiras para aproveitar uma tarde relaxada numa
zona muito aprazível e o clima bom de verão (que afinal não se fez sentir). Por
isso, foi possível estacionarmos com calma e relativamente próximo da partida/chegada
e passearmos um pouco pelo jardim e pela praia (os dorsais já tinham sido
levantados na véspera, num processo super eficaz e rápido – bravo!).
Já
equipados e junto do local da partida, ainda foi possível observar os últimos
preparativos da organização e assistir à animação preparada para aquecimento e
motivação dos milhares de participantes. Também devemos referir que o acesso à
zona de partida, que era dividida entre quem corria com chip de cronometragem e
quem não o tinha, estava muito bem organizada, não havendo lugar a qualquer
tipo de confusão ou misturas.
O
percurso, sempre pela marginal em ida, retorno e volta, não plano e com algumas
inclinações que dificultavam o andamento (ainda para mais estando repleto de
pessoas) podia ter-se tornado maçador ou monótono mas isso não se verificou,
fruto não apenas da boa disposição de todos os participantes, da constante
alteração da paisagem visual pelo grande pelotão que corria mas também, e
sobretudo, das animações que a organização decidiu colocar ao longo do
percurso, como bandas, dj, tuneis de luz e até pessoas com fantasias, gaitas e
apitos que incentivavam e aplaudiam os corredores. Além do muito público que se
encontrava ao longo dos 5 km de marginal que faziam parte do percurso.
E
correr junto ao rio, com as luzes ao fundo, é lindo e inspirador. Assim nem se
dá conta dos km que passam nem sequer se repara que o ritmo é acima daquilo a
que estamos habituados, coisa que só reparámos no final, ao cortar a meta. E
finalizámos mesmo a tempo, pois alguns minutos depois, o tal clima de verão que
não se verificou – apesar de estar uma temperatura amena e agradável para
correr – piorou e começou mesmo a chover, quase estragando os nossos planos.
Sim,
porque como dissemos acima, tínhamos programado um dia diferente. Como esta
corrida é inserida nos eventos das festas locais, havia no parque tasquinhas e
divertimentos, e o nosso plano era ficar para comer uma bela sardinha assada
após a corrida. E com aquela chuva não dava…. A sorte foi que enquanto
trocávamos de roupa, dentro do carro, a água deixou de cair e foi possível
voltar ao plano original. No final do jantar, que correu como esperado, mais
uma enorme carga de água para nos lembrar que as alterações climáticas não são
uma falácia e que devemos todos proteger o ambiente e o nosso futuro. Mas mesmo
assim após alguma espera abrigados ainda conseguimos voltar ao carro sem nos
molhar e assistir ao fogo de artifício de encerramento das festividades antes
de voltarmos para casa.
Valeu
mesmo a pena participar nesta Marginal à Noite. Não é à toa que já tínhamos
ouvido falar tanto nela! Provavelmente vamos querer voltar…
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fotografia da organização |
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