A diferença entre dores e lesão
Comecemos
desde já com uma premissa: o que se entende por dores e o que se entende por
lesão. Com dores referimo-nos a algo de passageiro. Um incómodo, provavelmente
algo mais, que se manifesta mas depois, em pouco tempo, passa e nos deixa
correr serenos e tranquilos. Uma lesão, por outro lado, é algo mais sério, isto
é, uma dor que não passa. As dores da lesão são muitas vezes sensações muito
fortes que não passam à medida que as pernas aquecem com a corrida. Permanecem e,
ainda, intensificam-se se prosseguimos com a actividade. A diferença
substancial é então esta: uma dor permite-me continuar, uma lesão não. Claro e
simples.
De
certeza?
Na
verdade não é simples nem claro. Nem sempre é fácil distinguir entre uma dor
passageira e outra que levará a uma lesão. Cabe a cada um de nós escutar o
próprio corpo e determinar a fronteira entre uma dor e uma lesão e cabe a cada
um de nós perceber quais as acções a evitar, identificando as causas que
poderão conduzir a lesões.
Sobrecarga
Uma
das principais causas de lesões é a sobrecarga. É necessário bastante
disciplina para evitar este tipo de lesão. Quem segue um programa de treinos, é
frequentemente fortemente determinado em seguir todas as sessões ao detalhe.
Mesmo que isso implique correr suportando dores. Porque se sabe que quem corre
com espírito competitivo está também habituado a conviver com uma certa dose de
sofrimento, como se ambas as coisas andassem sempre juntas. Mas é importante
perceber quando o sofrimento que sentimos deriva da intensidade do treino ou de
que algo no nosso corpo não está bem.
Alguns
conselhos
Cross
training
Nos
casos em que o treino tenha deixado marcas, como pernas particularmente doridas
ou algo semelhante, torna-se necessário abrandar o ritmo até que esse sintoma
desapareça e posteriormente passar a um trabalho mais duro apenas quando tudo
esteja bem. Uma magnífica opção quando nos deparamos com uma situação deste
tipo é o cross training. Piscina, bicicleta ou outro, a escolha é sua. Encontre
um método para um cross training que lhe permita manter uma alta intensidade
cardíaca sem influenciar a região lesionada.
Stretching
Por
outro lado, um excelente hábito consiste em seguir sempre uma boa rotina de
alongamentos. Permite aos seus músculos distenderem-se e manterem as lesões
afastadas. Se tiver possibilidade de imergir as pernas em água fria depois da
corrida, por exemplo no riacho ao pé de casa, faça-o.
Quando
os músculos estão particularmente ressentidos, é sinal que não estão habituados
ao esforço a que os sujeitou. Se as pernas ainda não estão bem ao fim de dois
ou três dias, não receie estar parado mais um ou dois dias.
A
lesão é um tempo para a disciplina
O
período em que está lesionado é o tempo em que deve manter elevada a sua
disciplina. Se necessita estar parado um longo período de tempo, o auto
controlo é muito importante. É melhor estar alguns dias ou mesmo uma semana
afastado da corrida que ir correr ainda lesionado e arriscar piorar e ficar
parado ainda mais tempo.
E,
como sempre, a prevenção
A
sugestão mais comum é também a mais eficaz: prevenção. Não espere ter uma lesão
para tomar medidas, jogue na antecipação. Por exemplo, reserve um ou dois dias
da semana para se dedicar ao cross training em vez da corrida, mesmo não
sentido nenhuma fadiga ou mau estar em particular. O cross training permite-lhe
descansar os músculos especificamente envolvidos na corrida mas mesmo assim
fazer o seu treino.
Um
outro conselho é, sempre que possível, variar as superfícies onde corre. Em vez
de correr sempre em asfalto, procure também pisos diversos, como terra ou
relva. São pequenos passos a reter mas, se pode adoptá-los, porque não fazê-lo?
Fonte:
runlovers.it
Tradução
deste artigo